LATITUDE DA ÁGUA


"Latitude da Água" foi uma instalação site-specific de Clara Moura e João Pidrança na exposição "O Pé Direito é o Céu" do Coletivo Pescada N.5 entre os dias 12 e 13 de outubro 2024 na Escola Superior Agrária de Coimbra. Esta exposição teve como mote os 500 anos de Luís de Camões e uma particularidade: ser uma exposição ao ar-livre.
Este vídeo serve como extensão visual da obra exposta.

Recorrendo ao bucolismo da poesia camoniana, Latitude da Água revisita o imaginário lírico e simbólico das fontes de água viva, nascentes que jorram no meio da natureza, alegoria da origem da vida, do rejuvenescimento perpétuo e da imortalidade.
A água – primeira manifestação da matéria cósmica fundamental para a fecundação e o crescimento das espécies – é hoje um bem essencial cada vez mais ameaçado, e a sua escassez torna-se uma ameaça para a vida e para a humanidade.
A fonte de onde jorrava a água em abundância mirrou, e cada gota, mínima mas contínua, evoca a latitude do tempo e da memória, a resiliência dos elementos e a forma como a água, mesmo em escassez, encontra o seu caminho. E Lianor aguarda, “fermosa e não segura”.


com Maria Inês Pereira


A obra inicial que aparece é da autoria da Luísa Bebiano e do Nuno Maia intitulada "Erros meus, má fortuna, amor ardente", obra também inserida na mesma exposição.

Gravação e Edição:

João Pidrança





outubro 2024